terça-feira, 13 de março de 2012

"O cinema é uma arma e uma garota"


        A França e a década de 60 são dois alvos dos amantes da sétima arte. Diretores declaram sua enorme paixão e inspiração pela cidade, o território francês é uma referência a qualquer diretor que se preze. Como na última postagem escrevi sobre a renovação do cinema norte-americano na década de 90 com Tarantino, nada mais justo em escrever também sobre uma das renovações mais importantes do mundo do cinema, que influenciou até aqui nas terras da Tropicália.
Na passagem das décadas de 50 para 60 nasce um movimento de novos roteiristas, produtores e diretores de cinema preocupados com a renovação da filmagem e o abandono da Indústria Cinematográfica Comercial. A "Nouvelle Vague" surge então na França num paralelo com o Neo-realismo italiano que traz novas caras ao Cinema. Deixo claro desde então, Novelle Vague não é exclusivamente Godard. Há nomes célebres como e Truffaut, Resnais, Chabrol, Rivette fazem parte desse cenário que não se limitou somente em criar mas também restaurar antigas obras.
Suas características primordias são a desmistificação da personagem, amoralismo acentuado, a banalidade do cotidiano posta à prova e a atenção voltada principalmente para o diretor. A coorporação do movimento não trazia apenas diretores, mas sim cinéfilos que conheciam a História do Cinema e ajudariam com a restruturação da mesma. Um exemplo é o Henri Langlois, o pai da Cinematheque.
Dentre vários rostos ilustres, como de Briget Bardot, declaro Jean-Paul Belmodo a cara da Nouvelle Vague. Este atuou nos principais filmes de Godard, como Acossado (amado por mim!) e Pierrout le Fou, uma obra que resume esse movimento francês.



         Dicas chaves de filmes (para não resumir a Nouvelle Vague somente a Godard):
* Os Incompreendidos, François Truffaut - 1959.
* Hiroshima Meu Amor, Alain Resnais - 1959.
* Mulheres Fácies, Claude Chabrol - 1960.
* O Desprezo, Jean-Luc Godard, 1963.
* Minha Noite Com Ela, Éric Rohmer - 1969. 

         E como era de se esperar, a nova onda francesa chega em terras brasileiras. Na passagem da década de 50-60, ocorreu-se uma crise nos cinemas brasileiros, principalmente em São Paulo obrigando muitos a fechar. Mesclando esse quadro de crise com influência européia e uma pitada da Ditadura, o Cinema Novo dá suas caras mostrando o que há de melhor nas Terras da Tropicália. 
         Foi a vez do Rio de Janeiro e da Bahia mostrar uma produção digna de "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça". Filmes como Rio, 40 graus de Nelson Pereira dos Santos recebe o destaque desse movimento. Outra vertente que também pertencente é captar temas da brasilidade e uma linguagem a margem da realidade social e cultural dos anos 60. 

        Dicas de nomes para entender o Cinema Novo:
                    * Cacá Diegues
                    * Joaquim Pedro de Andrade
                    *  Leon Hirszman
                    * Nelson Pereira dos Santos


Um comentário:

  1. Parabéns pelo blog. Me sinto uma iniciante no mundo do cinema e esses textos são um ótimo caminho. Não li todos, mas os textos são muito bons.

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