segunda-feira, 18 de junho de 2012

“Cores de Almodóvar, Cores de Frida Kahlo, Cores!”

Sinceramente, não sei por que demorei tanto para falar do Almodóvar, deixo claro que é um dos meus diretores preferidos, qualquer subjetividade é totalmente por minha vontade (RS!). Almodóvar é o cineasta espanhol de maior renome mundial atualmente. Dramático, familiar, feminista/feminino, colorido, quente, forte, trash, autêntico, essas são algumas das características marcantes desse diretor, que com toda certeza, vão influenciar boa parte da sua filmografia. Sem dúvida, um merecedor de todos os prêmios e indicações que já ganhou. Meu primeiro contato com o mundo “almodovariano” foi em Carne Trêmula (1997), ao qual não é considerado um dos seus melhores filmes, mas por ser o primeiro, tenho um carinho especial. Sem mencionar a primeira colaboração de uma das parcerias, que viria a ser das mais bem sucedidas: Penélope Cruz (diva do Almodóvar, do Bardem, minha e da minha amiga de colaboração Nicolly). (RS!).

          Nascido na pequena cidade espanhola de Calzada de Calatrava, Almodóvar partiu para Madrid em 68, aos 19 anos em pleno governo do general Franco. Foi funcionário de uma companhia telefônica, cartunista, ator de teatro avant-garde (literatura de vanguarda) e cantor de uma banda de rock, da qual participava travestido. Foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Oscar de melhor diretor.



          Em 1973, o diretor compra sua primeira câmera super 8mm e passa a fazer curtas metragens com a ajuda de amigos, até realizar Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão (1980), seu primeiro longa metragem, e entrar de vez na história do cinema espanhol. Nesse seu primeiro filme já podemos perceber traços do que seriam suas grandes assinaturas: estupro, drogas, sadomasoquismo, homossexualismo, sexo, tudo se passando sempre, ou quase, em Madrid.

          Sua filmografia é repleta de filmes onde a presença feminina é o ponto principal das tramas, as cores berrantes, personagens loucos, e a política espanhola também são destaques em seus roteiros, e claro uma história densa, pesada, mas bem humorada e sem pretensões de se levar a sério. Para Almodóvar seus filmes são tão autobiográficos quanto poderia ser. Suas experiências de vida são suas fontes de inspiração. Hoje, o diretor é tão conhecido quanto o conterrâneo Luis Buñuel, cineasta cuja obra se assemelha muito ao estilo de Almodóvar.

Não poderia deixar de mencionar o seu carinho pelas mulheres. Uma das características do cinema produzido por Pedro Almodóvar é a recorrência de atrizes fetiches com quem o diretor trabalha com enorme frequência. Essas sendo fortes, mães, guerreiras, tristes, alegres. Como a grande maioria dos filmes almodovarianos gira em torno do mundo feminino, não é comum que o diretor trabalhe com frequência com atores masculinos, a única excessão é Antonio Bandeiras. Dentre suas preferidas podemos destacar: Carmen Maura (amiga e primeira diva do diretor), Marisa Paredes, Rossy de Palma, Chus Lampreave e Penélope Cruz.
OBS:  Por ser um diretor maravilhoso, decidi dividir esse post em dois e deixar o próximo só para falarmos de seus filmes em uma lista de top 10. Aguardem!.

Um comentário:

  1. Eu faço publicidade,mas adoro cinema e não conheço esse diretor. Lendo este post instigou me a procurar sobre os filmes dele antes mesmo de terminar de ler o texto. Espero ansiosa pela post dos filmes. Parabéns pelo texto =] bjs

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