segunda-feira, 30 de julho de 2012

Monumentais - Parte 1


          Uma obra-prima cinematográfica é o resultado de várias coisas boas: o roteiro, o elenco, a qualidade técnica e a direção. Todos esses elementos estão presentes nos melhores filmes da história do cinema. É só conferir assistindo a clássicos como “Cidadão Kane”, “Os Sete Samurais” ou “2001: Uma Odisséia no Espaço”. Mas, por melhores que esses ingredientes sejam, eles somente resultam em algo fora de série quando há um diretor genial os misturando na dose certa.
          Em pouco mais de um século de história, o cinema já deixou um legado de diretores excepcionais que fizeram revoluções na linguagem da sétima arte e, muitas vezes, transformaram histórias banais em obras-primas. Eleger os melhores entre eles não é uma tarefa nada fácil, mas nós topamos o desafio e a seguir apresentamos quem são os melhores diretores de cinema de todos os tempos.
         Listas e mais listas figuram na internet com opiniões variadas sobre as personalidades cinematográficas na direção de grandes filmes mundo afora. De fato, alguns diretores merecem especial destaque, levando em consideração a história de vida e o trabalho desenvolvido por eles.


Alfred Hitchcock

Ninguém é chamado de “mestre” por acaso, e Hitchcock o foi de todo um gênero – o suspense -, e por isso acabou muito imitado e homenageado pelas gerações seguintes. Além disso, era um dos diretores preferidos do grande público, dono de um universo todo particular. Emendou duas décadas com uma inigualável sucessão de obras-primas.

Akira Kurosawa

A popularidade e o prestígio no Ocidente – onde foi celebrado como gênio e tido como mestre de toda uma geração de cineastas – Scorsese e Coppola, entre eles - custou-lhe desavenças no Japão e muitas dificuldades quando precisou filmar em sua terra natal.

 

Alain Resnais

Conhecido como “o cineasta do tempo e da memória”, temas recorrentes em sua filmografia, ergueu um nicho à parte dentro da Nouvelle Vague francesa, eclipsando cineastas conterrâneos como Godard e Chabrol.

 

Andrei Tarkovsky

Filho de poeta, trouxe a sensibilidade das letras para as telas, e embora tenha dirigido apenas sete filmes, deixou uma experiência espiritual única no cinema contemporâneo. Seu compromisso com o Cinema ficou marcado em seu livro “Esculpir o Tempo”, obra essencial a todos os amantes da sétima arte.
  

 

Bernardo Bertolucci

Aos 24 anos, despontou com “Prima Della Rivoluzione”. Aos 47, com “O Último Imperador”, virou o primeiro marxista confesso a fechar a banca do Oscar, ao vencer em 7 categorias, incluindo filme e direção. Nesse meio termo, fez filmes inesquecíveis, ousados e polêmicos.
  


Charles Chaplin

A palavra gênio pode ser atribuída a esse mestre do cinema mudo sem nenhum exagero. Quando representava o personagem imortal Carlitos, quando dirigia seus filmes com um perfeccionismo extremo, quando escrevia as partituras como a da antológica "Smile" ou mesmo quando fazia de um personagem seu porta-voz como no discurso final de "O Grande Ditador", Chaplin era exatamente a medida dessa palavra: gênio.

Federico Fellini

Italiano, mas de alma universal, foi um dos poucos cineastas a ter seu nome transformado em adjetivo. Fez de Rimini, sua cidade natal, um santuário do cinema e ganhou quatro Oscar de filme estrangeiro, eternizando na tela atores como Marcello Mastroianni e Giulietta Masina.

Ingmar Bergman

Homem de teatro, Bergman levou para o cinema a paixão por conflitos psicológicos intensos, desbravando a alma humana como poucos cineastas já ousaram, em filmes magistrais como “O Sétimo Selo” ou “Gritos e Sussurros”.

 

Jean-Luc Godard

Ao lado de Truffaut e Resnais, forma a tríplice trindade da Nouvelle Vague, tornando-se seu principal representante e mantendo-se em atividade até hoje como um inesgotável e polêmico experimentador.

Jean Renoir

Filho do célebre pintor Auguste Renoir, dirigiu obras-primas que dividem o cinema francês em “antes” e “depois” de filmes extraordinários como “A Grande Ilusão” e “A Regra do Jogo”. Em todos eles, deixou bem claro seu humanismo e sua preocupação com as questões políticas e sociais.

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