segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O que os melhores diretores brasileiros andam aprontando


Discutir quem é o melhor diretor de cinema do Brasil é praticamente como debater sobre religião, futebol ou política. Independente de gostos particulares ou de qualidades técnicas destes profissionais do cinema, existe praticamente um consenso sobre os nomes, que tem maior importância no cenário nacional e sob o critério de visibilidade internacional. Dito isso, me desculpem os sensíveis, mas vou considerar como melhores: José Padilha, Walter Salles, Fernando Meirelles, Eduardo Coutinho e Andrucha Waddington.

Como acontece com a maioria dos cineastas que chamam a atenção de Hollywood, muitos deles estão realizando projetos, sejam recentes, atuais ou futuros e que podem catapultar (ou esconder) um bocado os seus respectivos talentos como contadores de histórias. A idéia desta postagem é mostrar o trabalho que marcou e o trabalho “atual” da carreira de cada diretor. Como eu escolhi 5 grandes diretores, será necessário que a postagem tenha mais de uma parte, então fiquem ligados.

Walter Salles: 
          O diretor que nos levou ao Oscar com Central do Brasil e depois estreou no cinemão hollywoodiano com o pouco respeitado Dark Water, volta a trabalhar em um projeto internacional importante. Antes, claro, ele voltou para as suas raízes, filmando Linha de Passe – produção que concorreu a Palma de Ouro em Cannes em 2008 e que rendeu o prêmio de melhor atriz para Sandra Corveloni no festival francês. Linha de Passe, vale citar, ainda ganhou três importantes prêmios no Festival de Havana, em Cuba. Mas vamos ao seu passo seguinte: On the Road, adaptação de uma das obras-símbolo do escritor beatnik Jack Kerouac. O curioso é que o nome de Salles foi aprovado pelo produtor Francis Ford Coppola em 2005.

Filme que marcou sua carreira: Central do Brasil

 (Trailer do filme Central do Brasil)

          Dora (Fernanda Montenegro) é uma mulher que trabalha na estação Central do Brasil escrevendo cartas para pessoas analfabetas; uma de suas clientes, Ana (Soia Lira) aparece com o filho Josué (Vinícius de Oliveira) pedindo que escrevesse uma carta para o seu marido dizendo que Josué quer visitá-lo um dia. Saindo da estação, Ana morre atropelada por um ônibus e Josué, de apenas 9 anos e sem ter para onde ir, se vê forçado a morar na estação. Com pena do garoto, Dora decide ajudá-lo e levá-lo até seu pai que mora no sertão nordestino. No meio desta viagem pelo Brasil eles encontram obstáculos e descobertas enquanto o filme revela como é a vida de pessoas que migram pelo país na tentativa de conseguir melhor qualidade de vida ou poder reaver seus parentes deixados para trás.
Falar de Central do Brasil, no meu caso, é muito difícil por dois motivos: um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos e com a melhor atriz que o cinema nacional poderia querer. Além de mencionar alguns de seus prêmios como:
  • Festival de Berlim 1998 (Alemanha)
Recebeu o Urso de Ouro de Melhor Filme, Recebeu o Prêmio Especial do Júri, Recebeu o Urso de Prata na categoria de Melhor Atriz (Fernanda Montenegro).
  • Globo de Ouro 1999 (EUA)
Venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
  • BAFTA 1999 (Reino Unido)
Venceu na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira.

Tá respondido? Quem nunca viu, não é exagero, ASSISTA.

 Momento em que Salles (no centro) orienta os dois protagonistas.


Filme lançado recentemente: Na Estrada

(Trailer do filme Na Estrada)
 
Nova Iorque, antes de 1940. Depois da morte de seu pai, Sal Paradise (Sam Riley), um aspirante de 23 anos, conhece Dean Moriarty (Garrett Hedlund), um ex-prisioneiro de 20 anos com uma moral flexível e um charme devastador. Dean é fascinado pela obsessão de Sal por escrever. Sal é fascinado com a liberdade de Dean. Eles passam suas noites sonhando sobre um outro mundo, formando uma amizade que vai faze-los rodar por todo os Estados Unidos. Depois de passar um tempo da casa de Bull Lee em Louisiana, Sal, Dean e sua jovem esposa Marylou (Kristen Stewart) formaram um trio feliz, viajando e curtindo a liberdade.


O filme conta com o roteiro de Jose Rivera, responsável pelos os textos de projetos como Diários de Motocicleta e Trade. Uma notícia da CNN.com de outubro de 2008 atualizava o público sobre o projeto. Segundo o texto, Salles estava se preparando para começar a filmar a história contada por Kerouac conforme ela é narrada e, paralelamente, ele iria produzir um documentário sobre o movimento Beat, incluindo entrevistas com os escritores e demais pessoas que participaram do movimento e da obra de Kerouac e que continuam vivos. Um verdadeiro projeto 2 em 1, segundo a CNN.com.

Nenhum comentário:

Postar um comentário