terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Anna Karenina e a Rússia Imperial

Na verdade, esse é um post sobre a união de sucesso sobre Joe Wright e Keira Knightley. Depois de Orgulho e Preconceito - baseado na obra de Jane Austen, e Desejo e Reparação, a dupla volta com Anna Karenina, baseado na homônima da obra de Liev Tolstói. Devo me adiantar também, que não vou entrar no assunto polêmico que "o livro é melhor que o filme" porque não li o livro (e posso dizer que é coragem assumir isso!).
Primeira ressalva: O figurino. O primeiro encanto da filmografia da dupla é o figurino. Em Orgulho e Preconceito, as peças são simples e Desejo e Reparação também; contudo, neste novo longa, o glamour da Rússica Czarista ganha destaque nas jóias e roupas cedidas pela Chanel e outras grifes de luxo. Não é a toa que está concorrendo ao Oscar de Melhor Figurino.
Logo depois, vemos a fotografia e o ritmo do filme... Perfeito! A rítmica é arriscada e leve alguns minutos para perceber o que realmente acontece, as trocas de cenas não são percebidas, podendo enrolar muito que não se atenta aos detalhes. Ao longo do filme, vemos aos atores em um constante balé de Bolshoi; os movimentos são tão leves que parecem as coreografias da Corte Russa.
O que mais me surpreendeu durante todo o filme foi a escolha de Wright para interpretar o Conde Vronski, ninguém menos que Aaron Taylor-Johnson. Caso você não saiba de quem se trata, basta lembrar de KICK ASS!!!!


O amor proibido de Anna e Alexei me emocionou. Foi uma química bem diferente que rolou entre Keira e Matthew Macfadyen (Mr Darcy) em Orgulho e Preconceito. Lembrando que Macfadyen também aparece no novo filme, como irmão de Anna; um papel que não se destaca muito, mas tem suas características cômicas.
As características marcantes de um filme de Wright, o nascer do sol e os bailes, estão presentes mais uma vez. A fotografia é tão marcante que parece que estamos vendo uma estética impressionista em movimento.


O mais legal do filme é que ele não está alheio as características da Rússia do século 19. Temos discussões internas nos diálogos sobre as propriedades de terra, a corte, adultério e divórcio, enfim... Indico bastante pra quem é apaixonado sobre romances proibidos, intrigas, Rússia e Tolstói. Lembrando que a review não tentou fazer comparações, tudo isso foi apenas a impressão que o filme me passou.


Segue o trailer pra quem ainda não sabe sobre o que se trata:


Apaixone-se!!

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