domingo, 1 de dezembro de 2013

Uma Noite de Crime: Motivos para ver

Assim que eu vi o trailer da produção Uma Noite de Crime (The Purge, 2013) adorei toda a temática em volta de um futuro em que o crime é legalizado por um dia (não que eu concorde, mas quantos roteiros podem se fazer com essa ideia?). Esse filme daria tudo para dar certo (e em alguns aspectos até que deu!) mas em sua essência, eu esperava bem mais. 

A história é a seguinte: Em 2022, nos Estados Unidos, seguindo os preceitos dos Pais Fundadores (os primeiros homens a pisar no solo norte-americano) e o pacto feito entre eles, a sociedade viu-se na necessidade de se expurgar ("purge") todos os anos cometendo crimes que nos outros 364 dias seria totalmente inadmissível, incluindo assassinatos. Essa medida reflete na sociedade, como por exemplo a diminuição da violência. Contudo, o filme é um bombardeio de códigos morais, porque a maioria das pessoas que são alvo dessa violência permitida são mendigos, pessoas pobres que não tem dinheiro suficiente para comprar sistemas de segurança, etc. Todo tempo você fica pensando se apoiaria uma coisa dessas ou não (eu pessoalmente não concordo com a ideia). Mas ao mesmo tempo, essa sociedade mostra como uma massa manipulada, que compra um discurso e repete isso tantas vezes até considerar uma verdade absoluta (podemos ver isso acontecendo com nossos protagonistas). 

Os saldos positivos do filme: Apesar do enredo não ter me agradado até o final, a mecânica de fazer você pensar durante e depois do filme é incrível! É uma daquelas produções que encaixam perfeitamente naquela realidade onde pessoas acham sensato matar mendigos ou pobres, achando que elas gostam ou escolheram estar naquela condição. Outro saldo positivo é o ator Rhys Wakefield (que se eu fosse você, guardava bem esse nome!!), que foi a maior revelação de todo o filme. O papel do moço é um expurgador que procura um mendigo que se escondeu na casa da família protagonista, os Sandins. 


Os saldos negativos do filme: Além de você "saber" o que esperar do filme, acho que deviam ter focado mais no personagem Charlie (Max Burkholder), já que todos os ápices - e a história em si - foi um resultado das ações dele. Essa atenção ao personagem que não entende o que é o expurgo daria um gás sobrenatural a narrativa. Apesar de tudo, a minha nota é 7.5, afinal eu gosto de filmes que se passam no futuro mas é o retrado do presente. 

A notícia boa (ou ruim) é que vai ter a continuação em 2014. Terá o mesmo roteirista e diretor (James DeMonaco). Leia mais sobre a notícia aqui!

E você, participaria do expurgo? Deixe nos comentários! 



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