quarta-feira, 23 de abril de 2014

Motivos para ver: Divergente


No mundo das séries temos uma palavra para denominar os fãs, “fandom”. Esse termo também é usado no mundo dos livros e, às vezes também com filmes, que geralmente foram originados de livros. Quando li “Divergente” pela primeira vez, logo abracei a causa do fandom da saga: Em quatro dias já tinha lido os dois primeiros livros e esperei ansiosamente o lançamento do último. Além disso, esperei por longos cinco meses pelo lançamento do filme (especialmente o último torturante mês no qual o filme já tinha estreado nos EUA e em outros lugares do mundo e demorou esse tempo todo para chegar aqui, mas ok). Enfim, todo esse testemunho que estou dando é para poder convencer a cada um de vocês a assistir Divergente (e nos cinemas, de preferência, rs).

Acompanhamos a história de Beatrice Prior que vive numa Chicago futurista que, após uma guerra dividiu a sociedade em cinco facções: Abnegação, Amizade, Audácia, Erudição e Franqueza. Cada uma destas facções aceita como lema um modo de vida baseado na altruísmo, paz, coragem, inteligência e verdade, consecutivamente. E aos 16 anos os jovens devem passar por uma cerimônia na qual escolherão qual facção será a sua para o resto da vida. Beatrice faz seu teste de aptidão e seu resultado é inconclusivo, o que na história narrada é chamado de Divergência. Alertada a não contar nada para ninguém, Beatrice se vê perdida e não sabe como será seu futuro, porque ser divergente é algo perigoso, mesmo que ela não entenda o porquê.

É nesse momento em que Tris não se vê altruísta o suficiente para permanecer em sua facção de origem e migra para a Audácia. Lá, somos apresentados aos ritos de iniciação da facção e também a seu instrutor Four, com quem Tris acaba se envolvendo; seus novos amigos Christina, Will e Al; outros iniciandos que se tornam seus inimigos, Molly e Peter, e os líderes da facção, Eric e Max.

O papel da consagrada Kate Winslet é de Jeannie Matthews, líder da Erudição e caça-divergente nas horas vagas. Jeanine é uma mulher poderosa e ambiciosa, que acredita que os divergentes são uma ameaça ao sistema de facções pelo simples fato de não se encaixarem na sociedade, sendo, portanto, incontroláveis. E é a partir dela que a ação cria vida fora do complexo da Audácia e se espalha por toda a Chicago. Não vou explorar tanto esse quesito, pelo simples fato de estar spoileando e contando tudo o que o filme traz pra nós.

Para fãs do livro, o filme pode ser um pouco decepcionante pelas escolhas das cenas que apareceram na adaptação. Ok, todos nós sabemos como funciona a questão da adaptação e que recortes devem ser feitos para que a dinâmica funcione melhor nas telas, mas algumas coisas realmente me deixaram encucada porque, já que a saga terá continuação já confirmada pela produtora com mais três filmes (sendo o último livro dividido em duas partes), vai ficar um pouco corrido para explicar muita coisa. Um exemplo ótimo disso é o personagem Uriah, um iniciando da Audácia, que se desenvolve na história e não teve foco nenhum nesse primeiro filme. Outro ainda é sobre Peter, personagem de Miles Teller, que é de grande importância mostrar sua falta de caráter, coisa que não aconteceu veementemente nesse primeiro filme, inclusive com uma cena bastante chocante dele com o personagem de Ben Lamb, Edward, que também não teve destaque nenhum aqui. Ficaria aqui a dica para os próximos filmes para tentarem não eliminar tantos elementos vitais para a história assim.


Mas ainda assim, eu estou apaixonada pelo filme. A química de Shailene Woodley e Theo James, dois dos meus atores mais queridos nesses últimos tempos e já conhecidos no meio seriador, ficou incrível! Não somente no romance - que aqui destaco, teve tanta importância quanto no livro, o que eu achei ótimo, pois o foco da história não é isso, e sim o funcionamento da cidade em facções -, mas também nas cenas de ação e drama que o casal FourTris demanda.

Além disso tudo, Shailene e Theo são ótimos atores. Ele já tem fama lá nas terras da rainha, tanto que estrelou uma série chamada “Bedlam” por lá e nos EUA, “Golden Boy” contava com ele como protagonista e ela já foi até indicada por “Os Descendentes”. Fora todos os meus elogios aos dois como atores, elogio também a simplicidade e humildade com o qual estão lidando com a explosão em suas carreiras graças ao filme. É bem difícil de ver isso acontecer.


É difícil não me empolgar ao falar de uma das minhas histórias preferidas, mas espero ter conseguido passar um pouquinho da emoção que é a história de “Divergente”. E não percam o filme nos cinemas!

Um comentário:

  1. Adorei o blog e esse post, gostei muito do filme também.
    Beijos,
    http://viajandoentrepalavras.blogspot.com.br/

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